domingo, 20 de setembro de 2009

Paulo ensinou a não guardar mais o sábado?

5º – O apóstolo Paulo era apóstolo dos gentios, mas nunca ensinou ninguém a ficar guardando dias. Muito pelo contrário, ele afirmou que se alguém ficar guardando dias o evangelho da graça é inútil para essa pessoa:“Guardais dias (no caso o Sábado), e meses, e tempos, e anos. Temo a vosso respeito não haja eu trabalhado em vão entre vós... Separados estais de Cristo, vós os que vos justificais pela lei; da graça decaístes”. (Gl.4:10-11; 5:4). {Grifo meu)




Antes de analisarmos o 5º argumento do Profº Flávio contra o Sábado, gostaria que os leitores pudessem ver o que disse um erudito Metodista a esse respeito:

Adam Clarke, em seu autorizado comentário:

“Não há aqui indicação de que o sábado fosse abolido, ou que sua obrigação moral fosse superada pelo estabelecimento do cristianismo. Demonstrei em outra parte que ‘Lembra-te do dia de sábado para o santificar’ – é um mandamento de obrigação perpétua, e nunca pode ser superado senão pela finalização do tempo” Citado em “Sutilezas do Erro”, pág. 125.


Queridos o grande perigo de muitos cristãos é de se basearem apenas no que diz os pastores de suas igrejas locais, e não buscar aprofundar-se no conhecimento Bíblico, e pasmem até mesmo no conhecimento do pensamento oficial de suas igrejas através dos manuais, vejam a declaração contida no manual das Igrejas Batistas, o “New Hampshire Confession of Faith”, sistematizado por Edward T. Hiscox:

“Cremos que as Escrituras ensinam que a Lei de Deus é a norma eterna e imutável de Seu governo moral (Rom. 3:31; Mat. 5:17; Luc. 16:17; Rom. 3:20; 4:15); que essa lei é santa, justa e boa (Rom. 7:12; 7:7, 14, 22; Gál. 3:21; Sal. 119); e que a incapacidade, que as Escrituras atribuem aos homens caídos, de cumprirem seus preceitos, resulta inteiramente de seu amor ao pecado (Rom. 8:7, ; livrá-los disso e restaurá-los por meio de um Mediador a uma sincera obediência à santa lei, é o grande propósito do evangelho e dos meios de graça relacionados com o estabelecimento da igreja visível (Rom. 8:2–4).” — Art. 12, p. 63–64. Também é encontrado no “Manual das Igrejas Batistas”, por William Carey Taylor, ed. 4 (1949), p. 178, art. 12. Citado em O.C.S. Wallace, “What Baptist Believe”, p. 79. Grifos acrescentados.

E o posicionamento oficial da Igreja Batista defendendo a vigência da Lei Moral:

“Para sempre a Lei Moral requer obediência de todos, tanto de pessoas justificadas quanto das demais. E isto não apenas por causa do assunto de que trata essa lei, mas, também, por causa da autoridade de Deus, o Criador, que a impôs. No evangelho, Cristo de modo nenhum dissolve a lei, antes confirma a sua obrigatoriedade.” — Em “Confissão de Fé Batista de Londres” (1689), art. XIX, tomo III e IV. Grifos acrescentados.

Albert Barnes, profundo comentador presbiteriano, em sua obra Notes on the Testament, comenta Colossenses 2:16, textualmente:

“Não há nenhuma evidência nessa passagem de que Paulo ensinasse que não havia mais obrigação de observar qualquer tempo sagrado, pois não há a mais leve razão para crer que ele quisesse ensinar que um dos Dez Mandamentos havia cessado de ser obrigatório á humanidade. Se ele tivesse escrito a palavra ‘O sábado’, no singular, então, certamente estaria claro que ele quisesse ensinar que aquele mandamento (o quarto) cessou de ser obrigatório, e que o sábado não mais deveria ser observado. Mas o uso do termo no plural, e a sua conexão, mostram que o apóstolo tinha em vista o grande número de dias que eram observados pelos hebreus como festivais, como uma parte de sua lei cerimonial e típica, e não a lei moral, ou os Dez Mandamentos. Nenhuma parte da lei moral – nenhum dos Dez Mandamentos – poderia ser referido como ‘sombra das coisas futuras’. Estes mandamentos são, pela natureza da lei moral, de obrigação perpétua e universal”.

A verdade é que Paulo no livro de Gálatas também não tem intuito de destituir o vigor da Lei Moral, uma vez que, o que está em discussão nesta epístola não é a Lei moral ou Cerimonial e sim que a Lei não salvará ninguém, como bem abordou o nosso colunista Diego Pimenta no debate passado, sendo certo de que somente haverá salvação mediante a graça. Portanto, naquela época estava sendo ensinado pelos Judaizantes que a guarda da lei era necessária a salvação, onde na verdade não é uma vez que somos salvos única e exclusivamente pela graça que há em Cristo. Outro detalhe importante é que esses "dias" sequer fazem referência ao sábado da Lei moral, Paulo refere-se aos dias, meses e anos que também levavam o nome de "sábados", nesse caso esses dias eram os sábados cerimoniais que levavam à crucificação de Cristo e que eram guardados “além dos sábados do Senhor” (Levíticos 23:38), e que posteriormente, ou seja na morte de Cristo, seriam abolidos. Vejam a enumeração de todos esses tipos de sábados a seguir:

O Primeiro Dia dos Pães Asmos – 15o dia do 1o mês (Lev. 23:6);
O Sétimo Dia dos Pães Asmos – 21o dia do 1o mês (Lev. 23:8,11);
Dia de Pentecostes – 6o dia do 3o mês (Lev. 23:24;25);
Festa das Trombetas – 10o dia do 7o mês (Lev. 23:16,21);
Dia da Expiação – 10o dia do 7o mês (Lev. 23:29-31);
Primeiro Dia da Festa do Tabernáculos – 15o dia do 7o mês (Lev. 23:34;35);
Sétimo Dia da Festa dos Tabernáculos – 22o dia do 7o mês (Lev. 23:36).

O comentário Bíblico Adventista acrescenta, a respeito de Gal. 4:8-11, o seguinte:

Não há base escriturística para assumir, como alguns o fazem, que os “dias” dos quais Paulo fala aqui se refiram ao sábado do sétimo dia. Em nenhum lugar da Bíblia é feito referência ao sétimo dia na linguagem aqui usada. Além disso, o sábado do sétimo dia foi instituído na criação (Gên. 2:1-3; cf. Êxo. 20:8-11), antes da entrada do pecado, e cerca de 2500 anos antes da inauguração do sistema cerimonial, no monte Sinai. Se a observância do sábado do sétimo dia subjuga o homem à escravidão, então o próprio Criador deve ter entrado em escravidão, ao observar o primeiro sábado do mundo! E essa conclusão é inconcebível.

Pois é meu amado irmão, cuidado para não acreditar em tudo que vos falam sem se deter a um conhecimento mais minucioso do que as Sagradas Escrituras falam, segundo o ensinamento de muitos o próprio Cristo hoje estaria sendo condenado por observar o dia em que seu Pai instituiu somente em benefício do ser humano, e para que pudesse ter um relacionamento mais especial com sua criação sem interferência de trabalho, estudo, e as demais coisas seculares dos outros dias da semana. Fique com Deus e experimente observar um sábado e verás como esse dia é "abençoado, santificado e deleitoso". (Gen 2:1-3 e Isa. 58:13-14)

Autor: Thiago Costa

domingo, 6 de setembro de 2009

Para obter salvação deve-se guardar o sábado?

4 - Os sabatistas condenam quem não guarda o Sábado e afirmam que esta pessoa não será salva. “Foi-me mostrada então uma multidão que ululava em agonia. Em suas vestes estava escrito em grandes letras: Pesado foste na balança, e foste achado em falta. Perguntei (ao anjo) quem era aquela multidão. O Anjo disse: Estes são os que já guardaram o sábado e o abandonaram. Vi que eles haviam ... enlameado o resto com os pés – pisando o sábado a pés; e por isso foram pesados na balança e achados em falta.” (Primeiros Escritos, pág.37)


Com a afirmação o Prof. Supõe que a Igreja Adventista do Sétimo Dia prega a guarda do sábado para obter a salvação, o que é completamente fora dos nossos princípios.
Cremos que a salvação nos é dada UNICAMENTE pela graça de Deus e pela fé em Jesus. (Rom. 5:1) O ser humano não tem poder algum para ser justificado por suas próprias obras. “Não anulo a graça de Deus; pois se a justiça é mediante a Lei, segue-se que Cristo morreu em vão”. Cremos na vigência da Lei moral (Dez mandamentos) e no seu caráter que é eterno, “e assim a Lei é santa, e o mandamento santo, justo e bom” Rom. 7:28. (O Dicionário Bíblico da Casa Publicadora Batista retêm a mesma informação quanto a eternidade da vigência da Lei moral)

Mas qual o papel da Lei?
A função exclusiva da Lei é apontar para os pecados do homem:

· “Eu não conhecia o pecado senão pela lei, porque eu não conhecia a concupiscência se a lei não dissesse: Não cobiçaras.” Rom. 7:7
· “Porque pela lei vem o conhecimento do pecado, (...) Porque onde não há lei não há transgressãoRom. 3:19-20
· “Pecado não é imputado não havendo lei” Rom. 5:13
· “Porque todo aquele que pratica o pecado transgride a lei, porque o pecado é a transgressão da lei” I João 3:4


Entenda que a lei é necessária enquanto houver pecado entre nós “e se dissermos que não temos pecado, enganamo-nos a nós mesmos, e não há verdade em nós”. Concluímos portanto, que a lei tem força para mostrar o pecado na vida do homem, e essa força é tal que ele morrerá se não procurar o remédio divino: Jesus Cristo e sua graça.
Então, por sermos salvos pela graça de Deus é que guardamos a sua Lei, NUMA relação de causa e efeito e cada vez que pecarmos (transgressão da lei), temos a chance do perdão nos méritos de Cristo.
No exemplo citado pelo Prof. Flávio tirado dos escritos da Srª. White, as pessoas tinham conhecimento das Leis de Deus, pois como ela mesma disse: Eles já haviam guardado o sábado antes. A partir do momento em que a pessoa passa a conhecer a verdade e decide espontâneamente não cumpri-la, está pecando. (Heb. 10:26)
Em tempos de ignorância, (desconhecimento da verdade divina) Deus tolera o que, de outro modo seria pecado, mas, chegando luz, a vontade de Deus vem a tona e há perigo em fazê-la pela metade. João 15:22 “Se eu não viera, nem lhes houvera falado, teria pecado, mas agora não tem desculpa do seu pecado.”
Observem que a IASD não tem a guarda do sábado (4ª mandamento) como sendo mais importante que os outros 9 mandamentos do Decálogo, muito pelo contrário, mas como está escrito: “porque qualquer um que guardar toda a lei e tropeçar em um só ponto, portanto tornou-se culpado de todos” Tiago 2:10.
Ante ao exposto, fica claro que há necessidade da guarda completa do Decálogo.
Neste contexto está o texto citado acima, onde vemos pessoas que vão se perder por rejeitarem deliberadamente o 4º mandamento da Lei de Deus.
E você amado? Está cumprindo os mandamentos de Deus em resposta ao seu eterno amor?
Eclesiastes 12:13 “De tudo o que se tem ouvido, o fim é: Teme a Deus e guarda os seus mandamentos porque esse é o dever de todo o homem”
Autor: Diego Pimenta