domingo, 20 de setembro de 2009

Paulo ensinou a não guardar mais o sábado?

5º – O apóstolo Paulo era apóstolo dos gentios, mas nunca ensinou ninguém a ficar guardando dias. Muito pelo contrário, ele afirmou que se alguém ficar guardando dias o evangelho da graça é inútil para essa pessoa:“Guardais dias (no caso o Sábado), e meses, e tempos, e anos. Temo a vosso respeito não haja eu trabalhado em vão entre vós... Separados estais de Cristo, vós os que vos justificais pela lei; da graça decaístes”. (Gl.4:10-11; 5:4). {Grifo meu)




Antes de analisarmos o 5º argumento do Profº Flávio contra o Sábado, gostaria que os leitores pudessem ver o que disse um erudito Metodista a esse respeito:

Adam Clarke, em seu autorizado comentário:

“Não há aqui indicação de que o sábado fosse abolido, ou que sua obrigação moral fosse superada pelo estabelecimento do cristianismo. Demonstrei em outra parte que ‘Lembra-te do dia de sábado para o santificar’ – é um mandamento de obrigação perpétua, e nunca pode ser superado senão pela finalização do tempo” Citado em “Sutilezas do Erro”, pág. 125.


Queridos o grande perigo de muitos cristãos é de se basearem apenas no que diz os pastores de suas igrejas locais, e não buscar aprofundar-se no conhecimento Bíblico, e pasmem até mesmo no conhecimento do pensamento oficial de suas igrejas através dos manuais, vejam a declaração contida no manual das Igrejas Batistas, o “New Hampshire Confession of Faith”, sistematizado por Edward T. Hiscox:

“Cremos que as Escrituras ensinam que a Lei de Deus é a norma eterna e imutável de Seu governo moral (Rom. 3:31; Mat. 5:17; Luc. 16:17; Rom. 3:20; 4:15); que essa lei é santa, justa e boa (Rom. 7:12; 7:7, 14, 22; Gál. 3:21; Sal. 119); e que a incapacidade, que as Escrituras atribuem aos homens caídos, de cumprirem seus preceitos, resulta inteiramente de seu amor ao pecado (Rom. 8:7, ; livrá-los disso e restaurá-los por meio de um Mediador a uma sincera obediência à santa lei, é o grande propósito do evangelho e dos meios de graça relacionados com o estabelecimento da igreja visível (Rom. 8:2–4).” — Art. 12, p. 63–64. Também é encontrado no “Manual das Igrejas Batistas”, por William Carey Taylor, ed. 4 (1949), p. 178, art. 12. Citado em O.C.S. Wallace, “What Baptist Believe”, p. 79. Grifos acrescentados.

E o posicionamento oficial da Igreja Batista defendendo a vigência da Lei Moral:

“Para sempre a Lei Moral requer obediência de todos, tanto de pessoas justificadas quanto das demais. E isto não apenas por causa do assunto de que trata essa lei, mas, também, por causa da autoridade de Deus, o Criador, que a impôs. No evangelho, Cristo de modo nenhum dissolve a lei, antes confirma a sua obrigatoriedade.” — Em “Confissão de Fé Batista de Londres” (1689), art. XIX, tomo III e IV. Grifos acrescentados.

Albert Barnes, profundo comentador presbiteriano, em sua obra Notes on the Testament, comenta Colossenses 2:16, textualmente:

“Não há nenhuma evidência nessa passagem de que Paulo ensinasse que não havia mais obrigação de observar qualquer tempo sagrado, pois não há a mais leve razão para crer que ele quisesse ensinar que um dos Dez Mandamentos havia cessado de ser obrigatório á humanidade. Se ele tivesse escrito a palavra ‘O sábado’, no singular, então, certamente estaria claro que ele quisesse ensinar que aquele mandamento (o quarto) cessou de ser obrigatório, e que o sábado não mais deveria ser observado. Mas o uso do termo no plural, e a sua conexão, mostram que o apóstolo tinha em vista o grande número de dias que eram observados pelos hebreus como festivais, como uma parte de sua lei cerimonial e típica, e não a lei moral, ou os Dez Mandamentos. Nenhuma parte da lei moral – nenhum dos Dez Mandamentos – poderia ser referido como ‘sombra das coisas futuras’. Estes mandamentos são, pela natureza da lei moral, de obrigação perpétua e universal”.

A verdade é que Paulo no livro de Gálatas também não tem intuito de destituir o vigor da Lei Moral, uma vez que, o que está em discussão nesta epístola não é a Lei moral ou Cerimonial e sim que a Lei não salvará ninguém, como bem abordou o nosso colunista Diego Pimenta no debate passado, sendo certo de que somente haverá salvação mediante a graça. Portanto, naquela época estava sendo ensinado pelos Judaizantes que a guarda da lei era necessária a salvação, onde na verdade não é uma vez que somos salvos única e exclusivamente pela graça que há em Cristo. Outro detalhe importante é que esses "dias" sequer fazem referência ao sábado da Lei moral, Paulo refere-se aos dias, meses e anos que também levavam o nome de "sábados", nesse caso esses dias eram os sábados cerimoniais que levavam à crucificação de Cristo e que eram guardados “além dos sábados do Senhor” (Levíticos 23:38), e que posteriormente, ou seja na morte de Cristo, seriam abolidos. Vejam a enumeração de todos esses tipos de sábados a seguir:

O Primeiro Dia dos Pães Asmos – 15o dia do 1o mês (Lev. 23:6);
O Sétimo Dia dos Pães Asmos – 21o dia do 1o mês (Lev. 23:8,11);
Dia de Pentecostes – 6o dia do 3o mês (Lev. 23:24;25);
Festa das Trombetas – 10o dia do 7o mês (Lev. 23:16,21);
Dia da Expiação – 10o dia do 7o mês (Lev. 23:29-31);
Primeiro Dia da Festa do Tabernáculos – 15o dia do 7o mês (Lev. 23:34;35);
Sétimo Dia da Festa dos Tabernáculos – 22o dia do 7o mês (Lev. 23:36).

O comentário Bíblico Adventista acrescenta, a respeito de Gal. 4:8-11, o seguinte:

Não há base escriturística para assumir, como alguns o fazem, que os “dias” dos quais Paulo fala aqui se refiram ao sábado do sétimo dia. Em nenhum lugar da Bíblia é feito referência ao sétimo dia na linguagem aqui usada. Além disso, o sábado do sétimo dia foi instituído na criação (Gên. 2:1-3; cf. Êxo. 20:8-11), antes da entrada do pecado, e cerca de 2500 anos antes da inauguração do sistema cerimonial, no monte Sinai. Se a observância do sábado do sétimo dia subjuga o homem à escravidão, então o próprio Criador deve ter entrado em escravidão, ao observar o primeiro sábado do mundo! E essa conclusão é inconcebível.

Pois é meu amado irmão, cuidado para não acreditar em tudo que vos falam sem se deter a um conhecimento mais minucioso do que as Sagradas Escrituras falam, segundo o ensinamento de muitos o próprio Cristo hoje estaria sendo condenado por observar o dia em que seu Pai instituiu somente em benefício do ser humano, e para que pudesse ter um relacionamento mais especial com sua criação sem interferência de trabalho, estudo, e as demais coisas seculares dos outros dias da semana. Fique com Deus e experimente observar um sábado e verás como esse dia é "abençoado, santificado e deleitoso". (Gen 2:1-3 e Isa. 58:13-14)

Autor: Thiago Costa

domingo, 6 de setembro de 2009

Para obter salvação deve-se guardar o sábado?

4 - Os sabatistas condenam quem não guarda o Sábado e afirmam que esta pessoa não será salva. “Foi-me mostrada então uma multidão que ululava em agonia. Em suas vestes estava escrito em grandes letras: Pesado foste na balança, e foste achado em falta. Perguntei (ao anjo) quem era aquela multidão. O Anjo disse: Estes são os que já guardaram o sábado e o abandonaram. Vi que eles haviam ... enlameado o resto com os pés – pisando o sábado a pés; e por isso foram pesados na balança e achados em falta.” (Primeiros Escritos, pág.37)


Com a afirmação o Prof. Supõe que a Igreja Adventista do Sétimo Dia prega a guarda do sábado para obter a salvação, o que é completamente fora dos nossos princípios.
Cremos que a salvação nos é dada UNICAMENTE pela graça de Deus e pela fé em Jesus. (Rom. 5:1) O ser humano não tem poder algum para ser justificado por suas próprias obras. “Não anulo a graça de Deus; pois se a justiça é mediante a Lei, segue-se que Cristo morreu em vão”. Cremos na vigência da Lei moral (Dez mandamentos) e no seu caráter que é eterno, “e assim a Lei é santa, e o mandamento santo, justo e bom” Rom. 7:28. (O Dicionário Bíblico da Casa Publicadora Batista retêm a mesma informação quanto a eternidade da vigência da Lei moral)

Mas qual o papel da Lei?
A função exclusiva da Lei é apontar para os pecados do homem:

· “Eu não conhecia o pecado senão pela lei, porque eu não conhecia a concupiscência se a lei não dissesse: Não cobiçaras.” Rom. 7:7
· “Porque pela lei vem o conhecimento do pecado, (...) Porque onde não há lei não há transgressãoRom. 3:19-20
· “Pecado não é imputado não havendo lei” Rom. 5:13
· “Porque todo aquele que pratica o pecado transgride a lei, porque o pecado é a transgressão da lei” I João 3:4


Entenda que a lei é necessária enquanto houver pecado entre nós “e se dissermos que não temos pecado, enganamo-nos a nós mesmos, e não há verdade em nós”. Concluímos portanto, que a lei tem força para mostrar o pecado na vida do homem, e essa força é tal que ele morrerá se não procurar o remédio divino: Jesus Cristo e sua graça.
Então, por sermos salvos pela graça de Deus é que guardamos a sua Lei, NUMA relação de causa e efeito e cada vez que pecarmos (transgressão da lei), temos a chance do perdão nos méritos de Cristo.
No exemplo citado pelo Prof. Flávio tirado dos escritos da Srª. White, as pessoas tinham conhecimento das Leis de Deus, pois como ela mesma disse: Eles já haviam guardado o sábado antes. A partir do momento em que a pessoa passa a conhecer a verdade e decide espontâneamente não cumpri-la, está pecando. (Heb. 10:26)
Em tempos de ignorância, (desconhecimento da verdade divina) Deus tolera o que, de outro modo seria pecado, mas, chegando luz, a vontade de Deus vem a tona e há perigo em fazê-la pela metade. João 15:22 “Se eu não viera, nem lhes houvera falado, teria pecado, mas agora não tem desculpa do seu pecado.”
Observem que a IASD não tem a guarda do sábado (4ª mandamento) como sendo mais importante que os outros 9 mandamentos do Decálogo, muito pelo contrário, mas como está escrito: “porque qualquer um que guardar toda a lei e tropeçar em um só ponto, portanto tornou-se culpado de todos” Tiago 2:10.
Ante ao exposto, fica claro que há necessidade da guarda completa do Decálogo.
Neste contexto está o texto citado acima, onde vemos pessoas que vão se perder por rejeitarem deliberadamente o 4º mandamento da Lei de Deus.
E você amado? Está cumprindo os mandamentos de Deus em resposta ao seu eterno amor?
Eclesiastes 12:13 “De tudo o que se tem ouvido, o fim é: Teme a Deus e guarda os seus mandamentos porque esse é o dever de todo o homem”
Autor: Diego Pimenta

segunda-feira, 31 de agosto de 2009

Lei ou Leis?

Hoje estamos disponibilizando a resposta ao 3º argumento do Profº João Flávio. Essa resposta foi preparada por Matheus Nascimento, Vice-Diretor de Publicações e Diretor do Grupo Sintonia Vocal.
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3. O Sábado faz parte da lei e esta foi por Cristo abolida totalmente: “... e havendo riscado o escrito de dívida que havia contra nós nas suas ordenanças, o qual nos era contrário, removeu-o do meio de nós, cravando-o na cruz”(Cl.2:14); “mas o entendimento lhes ficou endurecido. Pois até o dia de hoje, à leitura do velho pacto (a Lei), permanece o mesmo véu, não lhes sendo revelado que em Cristo é ele (a Lei e tudo o que nela está incluído, no nosso caso o Sábado) abolido” (II Cor.3:14). { Grifo do autor}.
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Os adventistas, para imporem a obrigatoriedade da guarda do Sábado, se valem de argumentos infundados estabelecendo uma distinção entre a Lei Moral e Lei Cerimonial, Lei de Deus e Lei de Moisés, dizendo que a Lei Moral ou lei de Deus se restringe aos 10 mandamentos e continuará para sempre, e que a Lei de Moisés ou Lei cerimonial abrange o Pentateuco escrito por Moisés e foi abolida. Essa distinção é imprópria e inescriturística. Vejamos:- “E chegado o sétimo mês, e estando os filhos de Israel nas suas cidades, todo o povo se ajuntou como um só homem, na praça, diante da porta das águas; e disseram a Esdras, o escriba, que trouxesse o Livro da Lei de Moisés” (Ne.8:1). Observe a expressão “o livro da Lei de Moisés”. Este mesmo livro, denominado de “Lei de Moisés” é, a seguir, assim chamado: “E leram no livro, na Lei de Deus; e declarando e explicando o sentido, faziam que, lendo, se entendesse”; “E acharam escrito na Lei que o Senhor ordenará, pelo ministério de Moisés, ...”(Ne.8:8; 8:14)- “Pois Moisés disse: Honra a teu pai e a tua mãe; e: Quem maldisser ao pai ou à mãe, certamente morrerá”(Mc.7:10). Ora, nós sabemos pôr Êx. 20:12 que se trata do quinto mandamento, e, no entanto se diz que “Moisés disse”. - “Não vos deu Moisés a lei? No entanto nenhum de vós cumpre a lei. Por que procurais matar-me?” (Jo. 7:19). Onde a Lei proíbe o homicídio? Em Êx. 20:13, dentro dos dez mandamentos. O decálogo é chamado por Jesus de Lei de Moisés. O apóstolo Paulo chama o decálogo de Lei; “... pois não teria eu conhecido a cobiça, se a lei não dissera” (Rm.7:7). Para o apóstolo Lei mosaica e decálogo eram a mesma coisa. Essa divisão da lei em duas é artificial, sem qualquer apoio bíblico, mas fundamental para impor a guarda do Sábado na doutrina Adventista.
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É impressionante o fato de grande parte dos professos mestres das Escrituras Sagradas não percebem a existência de mais de uma LEI na Bíblia. Fazem uma "salada" com os versos bíblicos, colocando tudo no mesmo nível, e utilizando passagens isoladas do contexto na tentativa de "provar" que os 10 Mandamentos não estão mais em vigor.

Infelizmente, aqueles que professam o Cristianismo em nossos dias, em sua grande maioria, pregam um desprezo à Lei de Deus, que beira a blasfêmia. Deus escreveu, com Seu próprio dedo, em tábuas de pedra, os 10 princípios que deveriam ser seguidos pelo Seu povo em todas as eras, pois tal Lei é o próprio reflexo do caráter do Senhor (cf. Êx 31:18; Jr 31:33; Hb 8:10). Por toda a Bíblia vemos que Ele sempre transmitiu mensagens de chamado à obediência para com a Lei moral.

Através dos escritores bíblicos, muitas foram as mensagens que deveriam servir de motivação para que o povo nunca se afastasse do cumprimento da Lei (cf. Sal. 89:30-32; todo o Sal. 119; Êx 16:14; Pv 7:2; Jr 9:13; 16:11; Os 8:1, 12; etc.).

Hoje em dia, porém, muitos alegam que “a Lei passou”, pois vivemos no chamado “tempo da graça”. Ora, isso soa estranho aos ouvidos de quem realmente conhece a Bíblia, pois a Lei e a graça sempre andaram juntas. A graça não existiu somente a partir do ministério terrestre de Jesus (cf. Sal. 6:4; 13:5; 40:10-11; 62:12; 66:20; 69:13; 89:14; Is 60:10; Zc 12:10; etc.); bem como a Lei moral não foi abolida na Cruz (cf. Mt 5:17-19; At 24:14; Rm 2:13; 3:20, 31; 7:7-8, 12; Tg 1:25; todo o cap. 2 de Tiago; 1Jo 3:4; etc.).

Aqueles que estudam a Bíblia destituídos de preconceitos, verão claramente que há uma Lei que nunca passou, nem passará, pois como poderíamos imaginar um Deus Criador e Mantenedor que não tem uma Lei para dirigir e julgar a vida do Seu povo?! Chega a ser um absurdo pensar assim!

Tomemos o exemplo de Paulo: Em Ef. 2:5 o apóstolo diz que Jesus “aboliu na sua carne a lei dos mandamentos na forma de ordenanças”. Porém, no mesmo livro, em 6:1-3, Paulo aconselha os filhos a seguirem um Mandamento da Lei moral, que trata da honra devida ao pai e à mãe (cf. Êx 20:12). Como é possível!? A lei foi ou não abolida com o sacrifício de Cristo? Paulo está se contradizendo? Ou será que ele está tratando de duas leis diferentes...? Parece-me que esta última é a única alternativa lógica para solucionarmos tão “aparente” discrepância bíblica.


É claro que o grande apóstolo da graça tinha conhecimento de que existiam leis diferentes que conduziam a vida do povo de Deus, na época representando por Israel. Haviam as leis civis, que tratavam de assuntos ligados ao dia-a-dia comercial, político, econômico, familiar, pecuniário, etc (cf. Lv 25:35-38; Dt 15:12-18; etc.); haviam as leis de higiene, destinadas a manter um ambiente
livre de contaminações (cf. Dt 23:9-14); tinham também as leis destinadas à distinção entre animais limpos e imundos (cf. Lv 11); também aquelas referentes aos sacrifícios expiatórios do santuário, com todo o seu ritual e símbolos que apontavam ao Messias – eram as chamadas “leis cerimoniais” (podem ser vistas, por exemplo, em quase todo o livro de Levítico); assim como também havia a Lei moral, baseada nos 10 Mandamentos entregues a Moisés no Sinai (cf. Êx 20).


Dessas leis, a que Jesus “cravou na cruz” foi a que tratava dos aspectos simbólicos que deveriam retratar o Messias vindouro, o “Cordeiro” que resgataria o povo de Deus da escravidão do pecado (cf. Is 53). Todo esse cerimonialismo (ofertas de animais, derramamento de sangue inocente, purificações rituais do santuário, etc.), TUDO se cumpriu no sacrifício perfeito e eficaz que o Senhor Jesus Cristo realizou por nós no Calvário. Era dessa lei que Paulo estava tratando em Ef 2:15, uma lei baseada em “ordenanças” – figuras.

Porém, a Lei moral, firmada em tábuas de pedra, escrita pelo dedo do Criador e Redentor do mundo, nunca passou. Ela reflete dois princípios básicos, sobre os quais deve estar firmada a vida do servo de Deus:

1. Amar a Deus sobre todas as coisas (cf. Dt 6:5; Mt 22:37-38). Isto está perfeitamente traçado nos primeiros 4 Mandamentos, pois através do cumprimento deste grupo de preceitos demonstramos, realmente, se amamos a Deus acima de tudo – trabalho, família, riquezas, prazeres, amigos, etc. Muitos, por exemplo, não querem guardar o santo sábado para não perderem um emprego ou algum recurso financeiro que é conquistado aos sábados (feiras, comércio, etc.). Esses não estão amando a Deus sobre todas as coisas, pois estão demonstrando uma fé vacilante (cf. Sal 37:25).

2. Amar ao próximo como a nós mesmos (cf. Lv 19:18; Mt 22:39; Tg 2:8). Neste princípio divino baseiam-se os outros 6 Mandamentos da Lei moral. Guardando tais Mandamentos, estaremos demonstrando amor, respeito e consideração pelo nosso próximo, a começar pela própria família, especialmente os pais.
Jesus, de forma sábia (como Lhe era peculiar), mostrou que destes dois grandes princípios dependem não só a Lei, mas toda a Bíblia (cf. Mt 22:40).

Os Adventistas crêem neste maravilhoso ensino de Jesus, de que o amor é o cumprimento da Lei de Deus – primeiro para com Ele, e depois para com Suas criaturas. Muitos hoje dizem que amam a Deus, mas suas vidas demonstram que este é um amor frágil e conveniente, pois está baseado em um falso sentimento de “liberdade” para desobedecer a Sua Lei. Amar também envolve obedecer, pois a Bíblia é até “dura” ao chamar de “mentiroso” aquele que afirma amar e conhecer a Deus, mas que não está disposto a obedecê-Lo na guarda dos Mandamentos, custe o que custar (cf. 1Jo 2:4; Jo 14:15). Os que pensam assim (que a graça os liberta da obediência aos Mandamentos), encaixam-se perfeitamente na descrição bíblica sobre os apóstatas do primeiro século, que estavam transformando a graça de Deus em “libertinagem” (cf. Jd 4). Veja que coisa horrível!

Espero que você, caro leitor, analise com carinho e paciência este tema tão importante, pois envolve aspectos eternos. Você acredita que uma pessoa que não obedece a Deus pode considerar- se um “servo” dEle?


Autor: Matheus Nascimento

segunda-feira, 24 de agosto de 2009

Jesus guardou o sábado?

Hoje estamos disponibilizando o 2º argumento do Profº Flávio em ataque ao sábado, preparado pelo André Guimarães, Diretor do CELS e Professor da classe de interessados da IASD de Itaguaí. Esperamos que esse material possa ajudar nossos leitores a se manterem cada dia mais firmes ante os princípios éxarados nas Escrituras Sagradas.

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2 - Jesus Cristo foi a última pessoa que teve obrigação de guardar a Lei e o Sábado: “mas, vindo a plenitude dos tempos, Deus enviou seu Filho, nascido de mulher, nascido debaixo de lei, para resgatar os que estavam debaixo de lei, a fim de recebermos a adoção de filhos”(Gál.4:4-5; Rom. 10:4).

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No livro de Lucas 23:54 encontramos o seguinte verso: "era o dia da preparação (sexta feira) e começava o sábado as mulheres q tinham vindo da galiléia com Jesus, seguindo,viram o túmulo e como o corpo fora ali depositado. Então, se retiraram para preparar aromas e bálsamos e, no sábado, descansaram, segundo o mandamento"(Grifos meus, parênteses adicionados) nesta passagem fica claro que mesmo depois da morte de Cristo os seus fiéis seguidores continuaram a observar o sábado como sétimo dia do Senhor mesmo um fato de tanta importância como a unção do corpo de Jesus ficou para o primeiro dia da semana o domingo. Já no relato de Atos:13;14 está escrito o seguinte: "mas eles Paulo e Barnabé atravessando de Perge para Antioquia da pisidia, indo num sábado a sinagoga assentaram-se. Depois da leitura da lei dos profetas,os chefes da sinagoga mandaram dizer-lhes:irmãos se tendes alguma palavra de exortação para o povo dizei-a." (versículo 42) "ao saírem eles, rogaram-lhes que, no sábado seguinte,lhes falassem essas mesmas palavras." (versículo 44)" no sábado seguinte afluiu quase toda a cidade para ouvir a palavra de Deus"

Querido irmão, como você pode ver um dos maiores evangelistas que o mundo já conheceu Paulo também guardava o sábado seguindo as passadas de seu mestre Jesus.

Jesus inclusive teve a chance de detonar o sábado no sermão profético que falava de dias posteriores a sua ressurreição, mas antes preferiu confirmar o sábado e a lei, vejam: “E orai para que a vossa fuga não aconteça no inverno nem no sábado” Mateus 24:20 e Lucas 16:17 “E é mais fácil passar o céu e a terra do que cair um til da lei.”

Concluindo, Jesus não foi o ultimo a guardar o sábado como dia santo, que Deus o abençoe!


Autor: André Guimarães

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sexta-feira, 21 de agosto de 2009

O sábado era somente para os Judeus?

Olá! É um prazer abrir essa secção onde abordaremos algumas das mais variadas objeções pleiteadas por muitos em desfavor da fé Adventista. O primeiro tema a ser escolhido para abertura do debate foi "o Sábado como dia de guarda", porque embora não seja nossa principal doutrina (Santuário é a doutrina mais importante e abrangente do Adventismo), a do sábado é sem dúvida a mais combatida e que causa maior alvoroço no meio evangélico. Aqueles que tiverem dúvidas quanto ao esclarecimento do assunto pode enviar suas dúvidas pelo E-mail adventita@gmail.com ou fazendo diretamente um comentário no próprio blog, no link abaixo de cada postagem. Os argumentos que postaremos serão do Prof. João Flávio Martinez do CACP, de forma enumerada, sendo postado e rebatido um argumento a cada semana.


1. O Sábado faz parte de um concerto ou pacto entre Deus e o povo israelita:“Guardarão, pois, o sábado os filhos de Israel, celebrando-o nas suas gerações como pacto perpétuo. Entre mim e os filhos de Israel será ele um sinal para sempre; porque em seis dias fez o Senhor o céu e a terra, e ao sétimo dia descansou, e achou refrigério” Ex.31:16. “Lembra-te (povo hebreu) de que foste servo na terra do Egito, e que o Senhor teu Deus te tirou dali com mão forte e braço estendido; pelo que o Senhor teu Deus te ordenou que guardasses o dia do sábado” Dt. 5:15 (parênteses do autor).

Certa vez Cristo disse: "porque a salvação vem dos judeus"(João 4:22), nesse caso devemos desistir da salvação, afinal, no antigo testamento fora somente a eles dispensada a mensagem de salvação que só foi aberta aos gentios após a morte de Estêvão no novo testamento. É engraçado como alguns querem atrelar a mensagem ao destinatário, então o que dizer do livro de Hebreus no novo testamento onde logicamente a mensagem foi direcionada aos Judeus? E a mensagem de Tiago que destina-se em seu 1º verso do livro "às doze tribos que se encontram na Dispersão"? Ora mas nenhum Cristão ousa argumentar que as mensagens contidas nestes livros não possam ser aplicadas a nós hoje, uma vez que, originalmente tenham sido dadas aos Judeus, e falar que a salvação não foi concedida a nós.


Ademais disso, dizer que o sábado foi criado para os Judeus é um grande equívoco histórico e principalmente exegético afinal o próprio Jesus disse: "O sábado foi criado por causa do homem"(Marcos 2:27) e não por causa do Judeu.

Este dia de guarda foi instituído cerca de 2.000 anos antes de virem a existir o povo israelita, pra ser mais preciso antes mesmo que houvesse pecado, derrubando de vez a idéia de que o sábado é atrelado a uma aliança cerimonial de pacto de Deus com os Judeus em virtude de remissão dos seus pecados. Gênesis 2:1-3 narra que Deus descansou no sábado, só que a mesma Bíblia diz que Deus não se cansa nem se fatiga (Isaías 40:28), ora teríamos aqui uma contradição? Ou Deus resolveu descansar e citar isso na Bíblia sem propósito algum? O mais óbvio é que Deus queria deixar de exemplo para o homem que aquele dia era essencial para o homem, como Jesus mesmo o afirmou 4.000 anos depois quando esteve aqui na terra. Mas o relato não para por ai, diz também que Deus abençoou o dia tornando um canal de bênçãos para aqueles que usufruíssem de seu descanso e guarda, e por fim e tão importante quanto os outros Deus santificou o Sábado. Espera aí, isso não quer dizer que o sábado se tornou dia santo? E o que Deus santifica quem somos nós para modificarmos? Será que Deus mudou de idéia quanto a santidade do sábado e agora não o considera mais como santo aquilo que outrora santificou? (Tiago 1:17) E quantos judeus havia na terra quando Deus fez tudo isso? Isso mesmo NENHUM.
Logo não poderia ser essa uma instituição unicamente Israelita, o fato de Deus ter falado diretamente aos Judeus nos versos citados pelo Prof. Flávio deve ser analisado no contexto histórico. Quem era o povo de Deus naquele tempo? Os Amorreus? Ismaelitas? Não, eram os Judeus! Logo era a eles que Deus deveria direcionar a mensagem do sábado bem como todas as outras, ou melhor relembrar porque este é um dia sagrado instituído antes do pecado dominar os seres humanos: "LEMBRA-TE do dia de Sábado para o santificar" (Êxodo 20:8).


Se Jesus tivesse ensinado outra coisa que não manter a guarda do sábado mesmo após a sua morte, jamais Maria sua fiel seguidora junto com as demais mulheres teriam o guardado após a morte do Mestre (Lucas 23:54-56).


"Porque em certo lugar disse assim do dia sétimo: E repousou Deus de todas as suas obras no sétimo dia. E outra vez neste lugar: Não entrarão no meu repouso. Portanto, resta ainda um repouso para o povo de Deus. Porque aquele que entrou no seu repouso, ele próprio repousou de suas obras, como Deus das suas. Procuremos, pois, entrar naquele repouso, para que ninguém caia no mesmo exemplo de desobediência". Hebreus 4:4,5,9-11. Amém!


Autor: Thiago Costa